quarta-feira, 3 de março de 2010

Ofuscante nulo.


Creio já haver escrito em minhas notas que o amor se assemelha muito a uma tortura ou a uma operação cirúrgica. Mas esta idéia pode ser desenvolvida de maneira mais amarga. Mesmo que os dois amantes estejam muito apaixonados e muito cheios de desejos recíprocos, sempre um dos dois será mais calmo, ou menos possesso, do que o outro. Aquele ou aquela é o operador ou o carrasco; o outro é o paciente, a vítima. (Trad. de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira) (BAUDELAIRE, 1985, p.603).

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