Não sou homem,sou pseudo-homem.
Não sou mulher,sou pseudo-mulher.
Minha identidade é meu jeito de amar.
Nas tuas noite você me prostitui, me lambuza,
me deposita todos os teus nenéns
sem me dar o direito de fecundar.
No nosso leito,você é meu homem,
sou sua mulher,teu homem, sua psiquiatara,teu irmão,
sua amiga,tua puta.
O sol raiou, você se masacarou, e no íntimo do teu paletó,
a moral falsa, do marido traidor e traído pelo sistema.
Nas nossas noites,
tu me chamas de rainha nas tuas rodas,
tu me chama de viado dos outros.
(do livro Dicotomia, Carlos Dias pag 38)