quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escárnio de maldizer,do meu próprio eu-lírico.


Não sou homem,sou pseudo-homem.

Não sou mulher,sou pseudo-mulher.

Minha identidade é meu jeito de amar.

Nas tuas noite você me prostitui, me lambuza,

me deposita todos os teus nenéns

sem me dar o direito de fecundar.

No nosso leito,você é meu homem,

sou sua mulher,teu homem, sua psiquiatara,teu irmão,

sua amiga,tua puta.

O sol raiou, você se masacarou, e no íntimo do teu paletó,

a moral falsa, do marido traidor e traído pelo sistema.

Nas nossas noites,

tu me chamas de rainha nas tuas rodas,

tu me chama de viado dos outros.
(do livro Dicotomia, Carlos Dias pag 38)

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