quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Noite doce.


"O silêncio é um espião" Mário Quintana


Amando noites a fio,a estrela caiu do céu e inventou de inventar, então ela sai as ruas da solidão em busca do que nem mesmo ela sabe, sabe que existe todo esse amor reprimido no peito,nenhum outro som no ar.Ela é uma moça cismada que se esconde na mata e tem ilusões arrebatadoras que a levam a essas atitude,outro dia caiu numa dessas suas aventuras, qualquer olhar na noitada lhe faz sentir desejada...olhares penetrantes a deixam sem respostas, quase que extasiada ao ponto de só querer olhar,e ela dormia olhando, dormir de olhos abertos vivendo aquele sonho de olhares penetrantes se chocando,as pessoas circulam igual tubarões famintos ao redor do olhar, mas eles não param de sentir o olhar um do outro, mas não são os olhos de qualquer pessoa que a faz ficar assim, tem que ter a córnea certa para ela quimicamente sentir-se atraída, esquisito essa coisa de olhar."Não sei se me deixo muda" esse frase era típica após o olhos se desfazendo um dos outros...e se deixava sempre calada guardando esse encanto pela figura desejada,queria mesmo era se divertir e achava que em algum momento iria dar certo, então ficava a sorrir e trocar ideias com as outras pessoas enquanto o olhar tava la...atingindo e criando sensações que nem mesmo ela sabia definir...Um momento um deles diz algo como naum gosto de definições e o outro responde :"pra que definir se não é o fim".E ficaram sorrindo e concordando, depois surge um silêncio e depois surge as palavras das outras pessoas e mais bebidas, e novos olhares também,mas sempre guardando aquele especial pra um momento a sós,e esse momento vai ter que surgir claro,estávamos querendo,estávamos juntos...mas daí o dia vai clareando, vai batendo sono, a bebida pega de vez ...amanhece, e nada!


"Acabou- se o que era doce"!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O doente dos dois.




O amor é a força mais sutil do mundo.( MAHATMA GANDHI)



Teve gripe, resfriado, dores de cabeça enfiadas no que os dois chamavam eu, era uma exploração de eus, eus novos,eus antigos, eu agora...que deixavam ele la, o coitado do doente a querer gritar de dor,mas embora ele gritasse eles não iam ouvir, pois eles não tinham o menor respeito por ele, eles chamavam ele de abstrato, e por isso o pobre doente, vivia a gritar, resmungar, a gemer e nada deles ouvirem, pois eles só ouviam expressões como:"eu fui", "eu vi", "eu sou"...e ouvir o abstrato enfermo era a coisa mais rara q acontecia, isto é, se acontecesse.Outro dia num desse duelos(duelos do eu)ele eh atingido com mais precisão, sim porque ele nem sabia que eram eles que estavam trazendo essas enfermidades pra ele, mas ele tava la coitado...Os dois ressaltaram a palavra q mais fere,essa corta e deixa ele de modo micróbio que chega ao ponto de cair no chão da dor, e nem um dos dois consegue mais achar, embora um esteja sempre contra o outro, até mesmo quando é pra curar umas coisa tão bacana que é o doente dos dois,o amor dos dois, o doente, o amor, os dois!